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Carlos Calado  

Fábula: do verbo latino fari, “falar”, como a sugerir que a fabulação é extensão natural da fala e, assim, tão elementar, diversa e escapadiça quanto esta; donde também falatório, rumor, diz que diz, mas também enredo, trama completa do que se tem para contar (acta est fabula, diziam mais uma vez os latinos, para pôr fim a uma encenação teatral); “narração inventada e composta de sucessos que nem são verdadeiros, nem verossímeis, mas com curiosa novidade admiráveis”, define o padre Bluteau em seu Vocabulário português e latino; história para a infância, fora da medida da verdade, mas também história de deuses, heróis, gigantes, grei desmedida por definição; história sobre animais, para boi dormir, mas mesmo então todo cuidado é pouco, pois há sempre um lobo escondido (lupus in fabula) e, na verdade, “é de ti que trata a fábula”, como adverte Horácio; patranha, prodígio, patrimônio; conto de intenção moral, mentira deslavada ou quem sabe apenas “mentirada gentil do que me falta”, suspira Mário de Andrade em “Louvação da tarde”; início, como quer Valéry ao dizer, em diapasão bíblico, que “no início era a fábula”; ou destino, como quer Cortázar ao insinuar, no Jogo da amarelinha, que “tudo é escritura, quer dizer, fábula”; fábula dos poetas, das crianças, dos antigos, mas também dos filósofos, como sabe o Descartes do Discurso do método (“uma fábula”) ou o Descar­tes do retrato que lhe pinta J. b. Weenix em 1647, segurando um calhamaço onde se entrelê um espantoso Mundus est fabula; ficção, não ficção e assim infinitamente; prosa, poesia, pensamento.

Projeto editorial de Samuel Titan Jr.
Projeto gráfico de Raul Loureiro

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Tropicália
a história de uma revolução musical

Carlos Calado

 
Carlos Calado conta a trajetória do movimento que mudou a MPB por meio de uma abrangente reconstituição histórica baseada em entrevistas, farta pesquisa em arquivos e material iconográfico em grande parte inédito.

"O que se tem, então, é uma história radiante, que faz o leitor enveredar pela cultura pop brasileira nos anos de 67 e 68." (Pedro Alexandre Sanches, Folha de S. Paulo)aolp
indisponível
R$ 87,00
 
A divina comédia dos Mutantes

Carlos Calado

 
Dois anos de pesquisa e 200 entrevistas deram ao autor o material necessário para recompor a trajetória da mais original banda de rock brasileira, desde a sua criação, em 1966, até a dissolução, em 1978. Um detalhado retrato de época.

"Como tantos outros jovens no final dos anos 60, Arnaldo, Rita e Sérgio foram cobaias das mais loucas experiências. Calado reconstitui com perfeição aqueles dias."(Mauricio Stycer, Folha de S. Paulo)
R$ 87,00

 
     
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